sexta-feira, 28 de agosto de 2015

#Exterior - Como escolher seu Hotel ou Hostel (Albergue)? Falamos até do Airbnb


E chegou a hora de escolher onde ficar. Claro que antes de começarmos a escolher a moradia, você já comprou suas passagens aéreas primeiro, sabendo com exatidão os dias que fará as reservas, não é?

Escolher onde ficar é apenas parte do trabalho (em outra matéria iremos abordar quais locais visitar). A escolha ideal envolve vários fatores: Quantas pessoas irão com você? Que luxo pretende ter? Que cidade é? E diversos outros detalhes que merecem serem ponderados. Alias, conhece o Airbnb, o Uber das hospedagens? Está na moda.


Portanto, antes das dicas de hostels (albergues) e hotéis, vamos explorar alguns pontos:

1 – Quantas pessoas irão com você?

Pode parecer óbvio, mas um casal é diferente de um grupo de 5 a 10 amigos. Enquanto que um grupo de vários amigos podem fechar um quarto completo de um hostel, um casal pode preferir a privacidade de um quarto exclusivo.



E isso também servem para os preços. Um hostel com os amigos certamente sairá mais barato que um dividido apenas para duas pessoas. Um bom jeito de resolver isso é encontrar outros casais dispostos as mesmas aventuras que você. Indo sozinho caso prefira hotel, tudo pode ficar mais caro.

2 – Que luxo você pretende ter?

Quem vai principalmente a Europa encontra os populares banheiros coletivos. Em minha viajem fiquei apenas em um hostel com banheiro compartilhado com outro quarto (a experiência de meus amigos em hostels com banheiro compartilhado é positiva, na maioria das vezes limpam de 3 a 5 vezes por dia, então as chances de encontrar o banheiro “mijado” não é tão grande), e geralmente o banheiro é compartilhado apenas por um número limitado de pessoas. No que fiquei, era compartilhado por dois quartos, contendo uma chave.

Agora tem outro ponto que não é a higiene. Banheiro coletivo significa mais pessoas querendo ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo. Isso significa no período da manhã, quando todos acordam para o café da manhã, um engarrafamento na porta do mesmo. Algo semelhante ocorre a noite na hora de sair para as baladas. Em outras palavras, além de poder encontrar um banheiro com cheirinho de “merda” logo cedo, corre o risco de ter que ficar de pé um longo período até ter sua chance de usar e na pior das hipóteses, até de perder o café-da-manhã.



E tenha em mente uma coisa: hostels em sua maioria é frequentado por jovens. Praticamente em todos é proibido uso de drogas ou bebidas alcoólicas nos quartos, porém isso não é uma verdade plena. A chance de ter alguém fazendo sexo no banheiro é bem grande (afinal, privacidade apenas no banheiro). Além disso os quartos na maioria são para pelo menos 10 pessoas em beliches, na madrugada você corre o risco de ser acordado por alguém que chega ou por alguém que sai, ou ainda por alguém gemendo ao seu lado… Se você busca aventuras e não se importa com isso, é seu lugar. Se você é mais sistemático, talvez não seja para você.

3 – Café da manhã

Parece besta, mas faz uma diferença enorme no horário que você acorda. Nos dois meses que passei pela Europa, nas últimas semanas estava exausto. Em Roma, peguei um hotel sem café da manhã. Moral da história, aquela sensação de “posso dormir um pouquinho mais, e lá se vão algumas horas importantes do seu passeio. Sim, eu quero dizer que café da manhã disciplina seu horário, a maioria serve o café apenas até as 9 horas, ou raramente, até as 10.

Deve ainda ser levado em consideração o preço da estadia com e sem café da manhã. Porque eu digo isso? Dependendo do albergue ou hotel que você escolher, o café as 9h pode ser o substituto do seu almoço (aquele estilo de vida americano: um café da manhã com omelete, bacon, e muita "sustância" para aguentar o dia). Então o que você pode “gastar a mais” para ter um café da manhã, pode significar uma economia do almoço. Na maioria das cidades que fiquei no qual havia café da manhã, chegava no almoço sem fome alguma.



Isso é importante: um café-da-manhã ajudando na sua economia e disciplinando sua hora de acordar.

4 – Que cidade é?

Isso faz uma diferença absurda. Em Amsterdã se prepare paga pagar caro por uma espelunca com banheiro compartilhado. Em Bruxelas prepare-se paga pagar muito barato por um hotel individual 5 estrelas com hidromassagem. Portanto ao programar suas financias para a viagem, pesquise as cidades individualmente. Em Berlim cheguei a ver hotéis individuais por 20 euros. Em Amsterdã paguei mais 100 euros por algo compartilhado.

5 – Proximidade é importante ou não?

Experimentei as duas sensações. A de ficar em um hotel no meio do nada, e a de estar bem no centro turístico. Em Londres eu fiquei em um ponto da cidade que dava cerca de 35 minutos de metro.

O principal ponto é: seja perto do transporte público. Tendo acesso fácil ao transporte público, você chega a qualquer lugar. Citando novamente Londres, por lá eu comprei tickets diários do metro. Perdia 35 minutos de ida e 35 de volta ao hotel. Mas tinha outras vantagens: o preço bem menor que um hotel próximo ao ponto turístico. Iria comprar de qualquer forma o ticket diário do transporte, então de modo algum foi um gasto a mais. E na hora de abastecer sua dispensa, os supermercados na periferia costumam cobrar mais barato.

Pô, mas são 35 minutos de metro! Na prática esse tempinho no metro (e nas viagens entre cidades de trem) foram um verdadeiro milagre para nossos pés – vai por mim, as cidades são enormes e tudo parece lindo! Você vai querer andar bastante.

Repare nas zonas numeradas no mapa; Quanto mais zonas percorrer, mais caro o bilhete.


Importante um detalhe: sempre que for escolher sua moradia, preste sempre atenção na distribuição do transporte público. Normalmente as regiões são divididas por zonas, e quanto maior for a área que você terá que percorrer, mais caro será o bilhete de transporte. Citando novamente Londres como exemplo, veja o mapa do metro acima.

Consegue perceber zonas numeradas? Meu hotel ficava bem na Clapham South, que fica na zona 2. Na época que viajei o tícket do transporte para zonas 1 (onde ficam os pontos turísticos) e 2 era mesmo. Caso minha moradia fosse na zona 3, teria que desembolsar um valor maior de transporte, o que faria meu hotel mais barato “ficar mais caro” devido o transporte.

Mas e o hotel bem perto do centro turístico? Na prática, nenhuma cidade tem “” um ponto de visitação. Você mais cedo ou mais tarde vai precisar do transporte público. Portanto não pense que isso será uma economia.

Indo as compras

Mas chega de falatório, e vamos pôr a mão na massa. Vamos escolher nossa moradia. Sempre na hora de escolher onde ficar, leve em conta três regras básicas:

1 - Proximidade do transporte público.

2 - Descrição de outras pessoas que ficaram no mesmo lugar (sim! Isso é importante pois diversos anúncios são enganosos, principalmente no quesito wifi e na localização: alguns referem ficar do lado do metro, sempre olhe no mapa para ver “a mentira” exposta em alguns quarteirões algumas vezes).

3 – Extras: se a portaria funciona 24 horas, horário do checkin e checkout (NÃO ESQUEÇA DISSO!), segurança e presença ou não do café-da-manhã.

Aqui vale a mesma regra da escolha de voos: os hotéis e hostels costumam fazer promoções durante as semanas, ou nos períodos de menor venda. Portanto pesquise o preço durante uma semana para saber a média deles e assim confirmar sua reserva mais barata. Além disso, assim como na passagem aérea, quanto mais cedo fizer a sua reserva, maior a disponibilidade na região (e vai por mim, se deixar para o último mês antes da viagem - em temporada - corre o risco de encontrar apenas hotéis na periferia - em outras palavras, é diferente dos aviões, aqui a oferta realmente diminui quanto mais próximo da atração), e menor o preço.

Pesquisar sua moradia é simples: escolha a cidade, o dia de checkin e o número de dias que ficará hospedado. Alguns sites também perguntam logo de cara para quantas pessoas são a reserva e assim fornecem as melhores opções (o booking.com faz assim).

PS: de novo aviso! Cuidado com as fotos dos hotéis nos anúncios, elas enganam e muito! Leia sempre a descrição feita pelas pessoas que se hospedaram lá. Geralmente a foto é a do melhor quarto, utilizando efeitos para parecer maior, e limpo, e que com certeza não será o seu.



Antes de por a mão na massa, deixe-me avisar sobre algo: antigamente tínhamos basicamente dois ou três sites especializados em encontrar hotéis e hostels. Hoje eles se multiplicaram aos montes. Citarei abaixo apenas os mais famosos e confiáveis até o momento do artigo, alguns inclusive fazem o trabalho de pesquisar "em todos os outros" comparando os preços. Tenha em mente que pesquisar sempre.

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Booking.com - RECOMENDADO

Não dá para fugir do Booking.com. Se não for o mais, é um dos mais famosos sites de hotéis do mundo. É possível pesquisar por preço, localização, média de nota dos usuários. E o melhor de tudo, ler a descrição de pessoas que estiveram no local. Praticamente escolhi todos os meus hotéis através dele.

E fazer a reserva por esses sites faz uma diferença no tratamento. Em Portugal ouvi em alguns hotéis no checkout algo como “sua estadia foi bem sucedida? por favor senhor, não esqueça de deixar sua qualificação no booking.com”, afinal é a propaganda do hotel e sua descrição irá atrair ou afugentar outras pessoas.



De contra, certa vez tive problema com um hotel em Veneza (adiantando um pequeno preconceito: porque será que chegando perto dos principais imigrantes brasileiros as coisas deixam de funcionar? Hehehe). Ia ficar por lá no ano novo, e o hotel simplesmente cancelou minha reserva depois de 2 meses que eu havia feito ela, praticamente a beira da viagem. Resultado? Praticamente não tinha mais hotéis na região com um preço amigável, já que o prazo ficou muito encima. Entrei em contato com o booking.com relatando o problema, e a solução foi justamente “estornar o valor da reserva” e só. Portanto não esperem de nenhum site de reservas online um suporte pleno caso “dê merda” em sua reserva. Apenas relatando minha experiência, fiquei em um hotel em Mestre – cidade vizinha de Veneza, acabou sendo melhor pois meu trem para Roma saia 6 da manhã e a estação era praticamente do lado do hotel.

Lembra daquele código de garantia de menor preço do Carrefour? O Booking.com possui algo semelhante. Para que o hotel anuncie no site, ele se compromete a oferecer o menor preço. Isso nem sempre acontece, mas na maioria das vezes vale a pena. Além disso, caso faça um determinado número de reservas durante o ano, passa a ser cliente especial com até 20% de desconto nas diárias.

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Hoteis.com (também conhecido como Hotels.com)



Similar aos dois acima. Nunca achei preços melhores ali.

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Decolar.com - RECOMENDADO



O decolar.com agora possui também pesquisa de hotéis. Fique ligado nas taxas cobradas pelo site na hora de ver o preço final.

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Hostelworld.com - RECOMENDADO



É praticamente o maior site de Hostels (albergues) do mundo. É possível comparar preços e ler a descrição de usuários por meio dele. Particularmente no último mochilão que fiz, fomos apenas minha ex-namorada e eu. E para duas pessoas, praticamente não compensava nenhum hostel a não ser em quartos com pelo menos 8 pessoas compartilhado. Mas vale a pena conferir, na sorte, quem sabe né?

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Outro site para escolher albergues. No momento dessa matéria o site se gaba por conseguir preços melhores que o do hostelworld.com.

Que tal comparar os preços dos diversos sites?

Hoje em dia há sites especializados em comparar os preços. O mais conhecido é o TripAdvisor, também possuindo o Trivago, que apesar do nome, pertence a outra empresa.

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www.tripadvisor.com.br - RECOMENDADO



Se intitula o maior site de hotéis do mundo. Compara o preço cobrado em diversos sites como Expedia, Booking.com, Hotels, entre outros. O site também se destaca pela opinião de quem foi das atrações próximas, inclusive temos uma matéria especial sobre como utilizar melhor as ferramentas do TripAdvisor aqui no site. De uma olhada.

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www.trivago.com.br - RECOMENDADO

Assim como o acima, também compara preço de hoteis de diversos sites (Expedia, Booking.com, Hotels, entre outros). A desvantagem de ambos é não incluir albergues.


Aproveite os programas de fidelidade

Cada site possui seu programa de fidelidade específico. O Booking.com possui o Genius, programa de 10% de desconto nas hospedagens caso tenha feito pelo menos cinco reservas no site. Já o Hotel.com possui o Hotel Rewards que garante uma noite grátis a cada dez dias de hospedagem pelo site. Fique sempre atento aos programas de fidelidade de seu cartão de crédito, mercado favorito ou até mesmo posto de gasolina. A rede de postos Ipiranga, por exemplo, possui um programa de fidelidade denominado quilometro de vantagens que faz parceria com o site Hotel Urbano, quase nunca traz boas ofertas, mas as vezes acerta.

Conhece o Airbnb, o Uber das hospedagens?


Nessa altura do campeonato você já deve ter ouvido falar sobre o Uber, não? Caso tenha vivido em um buraco, o Uber nada mais é do que um aplicativo que permite que usuários troquem serviços de transporte entre si. Você tem um carro, e alguém precisa de um táxi? É exatamente isso. Pessoas comuns trabalhando como taxistas através do aplicativo. E olha que a qualidade e o preço são superiores a maioria dos taxis. Para ser motorista do Uber você precisa preencher uma série de requisitos, além disso é recomendado perguntar ao cliente que música ele quer ouvir, qual a temperatura do ar condicionado, oferecer revistas, água e até mesmo refrigerante no veículo. Tudo isso cobrando menos que o taxi comum. Entendeu por que tanta briga? E se não gostou do motorista, você ainda pode qualificar ele negativamente pelo aplicativo. Caso receba muitos negativos, ele é excluído do serviço, o que ajuda a manter a qualidade.




Agora que tal algo semelhante voltado para hospedagem? O Airbnb faz justamente isso. São pessoas (chamados de anfitriões) que possuem um quarto extra em sua casa/apartamento ou mesmo um imóvel inteiro disponível, e querem alugar para outras pessoas como diária. Parte do mesmo princípio do Uber. O anfitrião oferece o quarto, você aluga o quarto, você da nota após a hospedagem para o anfitrião, ajudando a comunidade a ficar mais segura e com qualidade. E o melhor de tudo, geralmente mais barato que um hotel.


Mas é seguro? Claro que temos algumas dicas para essa locação ser com maior sucesso além de atentar para alguns detalhes:

  • Dar preferência para anfitriões que já receberam algum tipo de qualificação positiva ou se mostram atenciosos a todas suas dúvidas;
  • Conferir a opinião de outras pessoas que já ficaram no local;
  • Ler atentamente a descrição do espaço que irá locar: É uma kitnet completa com banheiro, quarto e cozinha? É um quarto separado na casa ou apartamento de alguém (o que é bem comum)? Leia a descrição do imóvel;
  • Prestar atenção nas regras do anfitrião: se possui banheiro próprio ou compartilha com os moradores do local; geladeira disponível; internet; serviço de lavanderia; entre outros detalhes;
  • Taxas extras, é comum cobrarem taxa de segurança a ser devolvida no final (taxa para caso quebre alguma coisa), taxa de limpeza após a hospedagem, taxa de internet ou mesmo encargos de café-da-manhã; taxa de cancelamento (a maioria não aceita cancelamento);
  • Disponibilidade do anfitrião em lhe ajudar, você verá também muita gente que passa o dia trabalhando e aluga o quarto sem ficar para lhe auxiliar caso tenha dúvidas.
  • Consulte sempre a disponibilidade de datas.


O serviço merece destaque também pela preocupação do anfitrião em mantê-lo feliz, o que inclui até um café-da-manhã amigável, afinal de contas você irá qualificar ele no site, em caso de várias avaliações negativas ele esta fora.



Vale a pena conferir principalmente para regiões concorridas como Amsterdã e Paris, normalmente fonte de boa economia. 


Para finalizar,

Por último, fica a penúltima dica (duh): antes de qualquer reserva, procure pela página oficial do hotel/albergue. Pesquise o site do hotel pela internet, e compare com preço oferecido por esses sites de pesquisa. Dificilmente o preço será mais barato, masss nunca é demais tentar economizar uns trocados.

Sites como o booking.com possuem contrato com os hotéis no qual uma das cláusulas é oferecer um preço mais barato para quem fizer a reserva por lá, mas com algumas pegadinhas, ocasionalmente anunciam apenas um tipo de quarto, e no site possui quartos com outras características porém mais baratos. Não custa uma “pesquisadinha” a mais.

O que leva a última dica: os preços são maleáveis, assim como a compra de passagens aéreas, mudam conforme o dia e horário da semana. Portanto nada de reservar logo de cara, sem uma semana de pesquisa para ver o padrão.

E tenha paciência. Apenas para ilustrar, eu demorei “” 1 mês de pesquisas para reservar os 13 hotéis que fiquei.

E desvendando um mito, “preciso ter carteirinha de albergue?”. Isso é mito. A carteirinha de albergue pode dar algum desconto (raramente de fato é vantajosa, o booking.com por exemplo para clientes fieis possuem um programa chamado Genius que da 10% de desconto, por vezes superior ao desconto dessa “carteirinha”).

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Ainda não está estimulado a pesquisar por você mesmo? A piramide abaixo é o Luxor Hotel, em Las Vegas. Viajando em Outubro de 2010, fora de temporada para todo mundo, peguei um quarto 5 estrelas (o que é balela, hoje em dia não se usa mais essa estratificação) com vista para a principal avenida de Vegas ao preço de U$ 200 dólares 6 dias para duas pessoas. Heim? Você entendeu certo, praticamente 100 dólares por pessoa pelos 6 dias. Isso te estimulou a pesquisar? 


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