sexta-feira, 28 de agosto de 2015

#Exterior - Como levar dinheiro em sua viagem (Espécie, Cartão, Traveller Checks, Nubank, etc)


Qual o melhor, mais barato e seguro meio de comprar e levar dinheiro para sua viagem no exterior? Vamos ver um pouco sobre cada um, espécie, cartões e os cada vez menos utilizados travellers checks. Vamos falar também um pouco das gambiarras e teorias da conspiração, algumas malucas, na hora de comprar sua moeda estrangeira pagando menos.


Antes de começarmos este artigo, se você procura informações de cartões internacionais para compras na internet, leia esse artigo. Ele informa alguns detalhes importantes. Agora vamos lá:

Por mais que inventem formas de pagar menos, na prática são apenas três modos “seguros” de se levar a grana: em espécie, cartão (de crédito ou débito sendo pré-pago e bancário) e traveller checks. Essa última opção cada vez menos utilizada. Antes de escolher a moeda, é preciso levar em consideração um aspecto importante.

Para onde você vai viajar?

Nessa altura do campeonato você deve estar se perguntando “estamos falando do mundo globalizado, o que raios ele quer dizer com isso?”. Eu pensava a mesma coisa, até passar alguns apertos na Europa. Entenda.

Nos Estados Unidos, a terra do cartão de crédito (na China quando querem imitar um americano, eles usam a piada “olha, eu sou um americano bobo, tenho cartão de crédito”, ou seja, funciona!), você dificilmente terá dificuldade em comprar uma balinha de 10 centavos e pagar com o cartão (seja de crédito ou débito – VISA, MASTERCARD, AMERICAN EXPRESS, etc.).

Já na Europa, a história é totalmente diferente. Primeiro que nem todo estabelecimento possui a maquininha para cartão. Segundo que a maioria cobra uma taxa ou tira um desconto (que pode ser bem significante) caso ainda opte por pagar com o plástico. Terceiro que, falamos da Europa, o que mais tem por lá são feirinhas ao ar livre, não espere maquininhas de cartão nas feirinhas ao ar livre. Até um Mcdonalds e um Burger King que não aceita cartão eu encontrei em Berlim. Berlim!



Na mesma Europa desenvolvida, em Portugal, para terem uma ideia, fiquei 20 dias estagiando em um hospital na cidade de Braga. Nos últimos dias estava contando moedinhas, e não teve jeito, tive que recorrer a um saque internacional para sobreviver, o que, para contas normais, tem um custo absurdo. E falo de nada aceitar cartão. Incluindo aquele restaurante do almoço. Na República Tcheca, apesar de fazer parte do euro, sai muito mais barato pagar as coisas com o tcheco. Várias lojas possuem preços na moeda local e em euro, e quando você calcula a conversão, ela nunca é vantajosa.

Portanto, muito cuidado na hora de viajar. Fique atento para o funcionamento da cidade, e qual sua moeda e costumes. Procure conhecer quais os costumes de cada região e seu dinheiro. Para não correr o risco, como eu, de passar alguns apertos na primeira experiência na Europa.

Dinheiro em espécie, cartão (crédito ou pré-pago) ou traveller check?

Obviamente que a decisão final sempre remete a mesma coisa, quanto custa? Bem, e além do custo, qual a segurança desse método?

Você é brasileiro. Anda com a mão no bolso e o olha ao redor a procura de ladrões. Portanto você dificilmente será furtado na viagem (e furtos na Europa e EUA são bem comuns, e rápidos – falamos de nações nas quais o sistema carcerário funciona, o caboclo não quer ser pego, então ele tem habilidade com as mãos!). Precaver-se nunca é demais.

Outro ponto a ser levado em consideração são os impostos a serem pagos. E com relação a isso já deixo um aviso:
Esse artigo foi atualizado em 28/08/2015. Fique sempre de olho nos impostos. Só para ter noção de como nosso governo é sacana, em dezembro de 2013, ou seja bem no meio das férias, resolveram ajustar o IOF para compras no exterior. Bacana não? Feito esse aviso, vamos continuar.

O imposto de 0,38% dos cartões pré-pagos e travel checks foi, sem aviso algum prévio, reajustado para 6,38% em dezembro de 2013. Sabe o que isso significa? U$ 60 dólares a mais a cada 1000 dólares em compras. Parece pouco? Esse é um ponto bem relativo. Na época no qual o dólar custou R$ 1,50 não parecia tanto. Já na época no qual o dólar chegou perto dos R$ 4,00 a coisa muda. Não é mesmo? Portanto sempre calcule o IOF somado ao valor de conversão da moeda para decidir qual o melhor investimento.

Vamos então as vantagens e desvantagens de cada um. Nas descrições dos cartões abaixo comentamos também o que é o dólar comercial, turismo, paralelo e qual a relação entre eles e sua cobrança em fatura.

Cartão de débito pré-pago

Essa é uma nova modalidade que vem ganhando força nos últimos anos. A primeira empresa a trazer o serviço foi a Visa (Visa Travel Money – daí muitos conhecem pelo nome VTM). Mas hoje a MasterCard (Cash Passaport ou Travel Cash), e diversas outras operadoras já possuem os seus.



Vantagens e desvantagens:
  • Disponível em qualquer casa de câmbio ou banco, sem burocracia, basta apresentar um CPF;
  • É um cartão pré-pago diretamente na moeda que você quiser (dólar, euro, libra... atualmente também há um cartão multi moedas, 5 moedas em um único cartão);
  • Como você faz a recarga diretamente na moeda desejada, você tem a liberdade de negociar com a operadora do câmbio o valor da moeda. Recomendo fazer recarga de grandes quantias de uma só vez, pois isso facilita negociação de preços menores;
  • Protegido por senha, aceito normalmente como qualquer cartão Visa, Master, etc.;
  • A anuidade é grátis, dependendo da operadora que escolher, tem algumas regras específicas, como cobrança de taxa caso inatividade de 6 meses (a maioria já não cobra mais essa taxa);
  • Você pode sacar dinheiro em qualquer caixa eletrônico do mundo, pagando uma taxa fixa para isso (por volta de U$ 2,50/saque – o que é bem mais barato que sacar com um cartão de crédito, que chega a cobrar até U$ 15,00);
  • Possui seguro contra roubo, e tanto a Visa quanto a MasterCard prometem um novo cartão na sua mão em até 24 horas em qualquer lugar do mundo;
  • É usado o dólar próximo ao turismo, o que infelizmente é mais caro. Antigamente o cartão pré-pago era vantajoso pelo IOF de 0,38%, atualmente é cobrado 6,38%. É exatamente esse o ponto que anda matando esse tipo de cartão. O IOF associado ao valor do dólar mais caro (turismo) faz deixar de ser vantajoso. Mas vale sempre a pena calcular o custo dependendo da quantia que irá levar tendo em mente a segurança que ele lhe traz.

Cartão de Crédito Internacional (Bancário)

É o seu cartão do banco. Com a mesma segurança e taxas que você já conhece. Funciona basicamente do mesmo modo que o Cartão de débito pré-pago acima. Porém com algumas peculiaridades.


Vantagens e Desvantagens:
  • Semelhante as citadas acima em questão de segurança;
  • Saque em caixas eletrônicos ao redor do mundo é possível, porém a taxa é bem maior se comparado ao pré-pago. Usando um bandeira Visa com conta no Banco do Brasil, paguei “” U$ 15,00 de taxa por um saque de 50 euros…;
  • Usa o dólar “comercial”. Porque entre aspas? Entenda que, as cotações publicadas nos sites e jornais segue a Ptax, e nada mais é do que uma média dos valores comercializados por diversas instituições. No caso, os bancos possuem o dólar comercial mais caro que a maioria dos outros negócios, já que eles fazem parte dessa média, portanto seu valor real é sempre maior do que o dólar comercial comumente anunciado pela Ptax. Dependendo do banco chega próximo do dólar turismo em espécie. Além disso, o IOF é de 6,38%, o que aproxima ainda mais os dois valores. Então tem uma regra?
  • Não há mágica, mas há um jeito de te ajudar: se o dólar comercial está na faixa de R$ 2,00 ou menos, o IOF cobrado não fará o dólar comercial ser mais caro que o turismo. Agora se o dólar comercial está na faixa de R$ 2,30 ou mais, o IOF de 6,38% passa a deixar ele mais caro que o turismo em espécie da maioria das casas de câmbio. Mas isso é regra? Não. Sabemos que no fundo todos querem ganhar dinheiro encima do consumidor, e o que era para ser lógico, as vezes, foge a ganância. Portanto não tem jeito, é pegar uma calculadora e fazer suas contas, a dica é: sempre coloque o dólar no maior valor possível para o cálculo, antes sobrar do que faltar dinheiro;
  • Você fica à mercê do fluxo cambial. Não é cobrado o valor do dólar no dia da compra, mas sim no dia do fechamento da fatura. E você está sujeito a pagar mais, ou menos, conforme a variação cambial. Em época que o dólar tende a se aproximar dos R$ 4,00 é bom ficar de olho.

Cartão Pré-Pago “Terceirizado”

O nome “terceirizado” foi criado por mim mesmo, já que é assim que vejo essas empresas. No artigo original eu não havia comentado sobre esse tipo de cartão, porém resolvi acrescentar agora pois estão se tornando mais populares.


São cartões pré-pagos de empresas que fazem parcerias com a VISA e a Mastercard. Os maiores exemplos são a Conta Super, MEO e a Neteller (veja mais sobre esse tipo de cartão nesse artigo aqui). Assim como os cartões pré-pagos, antigamente eram vantajosos por seu IOF de 0,38% no dólar turismo. Eles possuem algumas tarifas ou mensalidades, além de taxa de câmbio que fazem não serem vantajosos. E olha que chega ao absurdo de cobrarem taxa de recarga.

Agora, são seguros? A verdade é que, nas entrelinhas dos contratos, nenhuma dessas empresas da segurança de ressarcimento do seu dinheiro em caso de falência. Além disso, para o Brasil, a entrega já demora mais de uma semana, que dirá com você viajando pelo mundo.

Portanto não é um tipo de moeda que eu confio para ter uma assistência rápida em caso de roubo, ou que apresente segurança o suficiente para carregar grandes valores. Para quem for usar, recomendo cargas de valores inferiores a R$ 500 reais, em caso de sinistro, o prejuízo é menor.

Nubank

Esse merece um destaque especial pela repercussão que vem causando últimamente. Trata-se de um cartão voltado de crédito pós-pago (você recebe uma fatura todo mês em seu endereço) com enfase em notificações online. Sua fatura chega por email, a cada compra você é imediatamente notificado em seu smartphone, e já estão dando de cara cerca de R$ 2000 de limite para os clientes, além de não ter anuidade e portar a bandeira Master Card Platino. 


Uai! Parece bom demais para ser verdade. E de certa forma é mesmo bom demais. Para compras no Brasil, funciona muito bem obrigado. Já para o exterior, ele não usa o dólar comercial bancário dos cartões de crédito internacionais, mas sim o dólar turismo. Ou seja, na prática, ele sai mais caro que o cartão de crédito bancário para o exterior. A diferença prática não é tão grande, mas a cada U$ 500 dólares em compra, os 20 centavos a mais se transformam em R$ 100 reais no final. Bem, dependendo do seu banco, é quase o valor da anuidade. Se quando viaja, você gasta pouco, pode ser uma solução.

Traveller checks

Antigos, se aperfeiçoaram com o passar do tempo em questão de segurança. São talões de cheque pré-pago aceitos em diversos estabelecimentos ou trocado por dinheiro em casas de câmbio. Devido ao surgimento dos cartões de débito pré-pago, tinham caído cada vez mais em desuso. Porém ainda possuem a vantagem de “ser mais barato” em relação aos cartões. Entenda.


Vantagens e Desvantagens:
  • Você consegue comprar em algumas raras casas de câmbio, mas maioria está a venda em bancos especializados, no Brasil o principal deles é o Citibank;
  • Trata-se de um talão de cheque com dois lugares para você assinar. Você assina o primeiro campo quando pega o talão, e assina o segundo apenas na hora que for trocar o cheque. Essa é a primeira segurança;
  • Você recebe um comprovante de compra (que contém nome completo, endereço, telefone, motivo da viagem, data prevista da viagem, taxa de câmbio, valor total adquirido e número de série dos travellers. É o número de série que o cliente deve informar à instituição emissora em caso de roubo ou perda), assim caso seu talão seja roubado, basta apresentar o comprovante de comprar, e pedir a suspensão dos cheques roubados. O comprovante de compra também dá direito a restituição das folhas roubadas. Ou seja, nunca guarde o comprovante de compra e o talão de cheque no mesmo lugar. Tem um porém…
  • Você precisa fazer um controle rigoroso dos seus cheques. Caso roubado, você precisa informar o número de cada folha roubada – isso é para evitar cancelar cheques de comprar que você realmente realizou – o que torna trabalhoso cuidar deles, e caso não tenha o número do cheque roubado, a instituição não faz o reembolso;
  • Além disso, geralmente quem furta esse tipo de dinheiro, geralmente leva uma folha ao acaso do meio do talão, e quando acaba percebendo o erro, muitas vezes já é tarde demais. Você precisa ficar sempre conferindo se está tudo em ordem;
  • O valor cobrado é um intermediário entre o comercial e o turismo. Por isso ainda é tão utilizado, é mais barato que o cartão e algumas vezes que o dinheiro em espécie. Ai entra um porém que muitas pessoas não levam em consideração. Você obviamente vai precisar transformar seu cheque em dinheiro (afinal, não é todo estabelecimento que aceita isso, e você não vai pagar um ônibus com cheque não é?). Portanto terá que trocar novamente o cheque por dinheiro em uma casa de câmbio. Isso é fácil de se conseguir, na Europa principalmente há uma casa de câmbio em cada esquina. Agora acham mesmo que a casa de câmbio é boazinha e troca sorrindo? Na maioria das vezes é cobrado uma taxa, chegando até U$ 20,00, que na conta final, pode sair a mesma coisa ou até mais caro que os outros modelos.

Dinheiro em espécie

Vamos levar tudo na mão! Cartão, seja de crédito, seja pré-pago de débito, e os traveller cheques, tem uma enorme vantagem: o seguro. Caso furtem sua carteira, basta ligar na operadora e dar parte do furto. Ao passo que dinheiro, perdeu, já era.


Mas pior que compensa. O IOF para compra de dinheiro em espécie é de apenas 0,38% no dólar turismo, fazendo hoje (com o dólar próximo aos R$ 3,50) seja mais barato que cartão ou traveller check. Em minha última viagem a Las Vegas arrisquei e fui com toda grana em dinheiro vivo. Mas como eu disse, as vezes é melhor pagar um pouco mais por segurança.

Então não levar nada em espécie? Epâ! Leram lá no começo? Para onde é sua viagem? Na Europa você não consegue sobreviver sem o dinheiro, ele é essencial e indispensável. Recomendo levar em espécie apenas 20% da quantia total que pretende levar. E caso necessário, faça saques nos caixas eletrônicos em intervalos regulares para evitar ficar pagando taxas à toa, ou troque seus traveller checks. Sim, vai pagar taxa, mas também estará pagando pela sua segurança. Caso seja roubado, você nunca mais verá o seu dinheiro, e dessa forma o prejuízo será menor. E se for para os EUA, recomendo os mesmos 20% em dinheiro. Por mais que cartões tenham uma facilidade por lá, vai mesmo para Nova Iorque sem comer um dos famosos (e horríveis) hot dogs novaiorquinos?

E claro, guarde sempre sua moeda em lugares separados. Nunca guarde tudo junto no mesmo lugar. Não deixe nada em mochilas atrás das costas, no empurra-empurra alguém mexe e você fica sem. Cuidado com os bolsos.

Conclusão

Você deve conhecer o lugar para o qual irá viajar, e seus costumes de pagamento. Para os EUA é muito cômodo ir com pouco dinheiro, enquanto que para a Europa o cenário é o oposto.

Minha experiência ao longo dos anos me mostrou que não há uma regra clara a se seguir. Depende da valorização ou desvalorização do dólar/euro/libra, etc, imposto cobrado (o IOF teve aumento em 2013 e atualmente fala-se em reintroduzir a CPMF no Brasil, o que será mais uma taxa a se pagar). Eu diria que o misto de levar uma pequena quantia em dinheiro (cerca de 20% de tudo o que pretendo gastar – para pagar transporte, alimentação quando necessário), e o resto no cartão seria um modo seguro e prático de viajar.


E caso leve os dois, sempre que a oportunidade permitir usar o cartão, de preferência para ele. Poupe sempre o dinheiro. Caso precise de mais dinheiro em espécie, pode usar o mesmo cartão pré-pago para fazer saques em caixas eletrônicos. Tem sim uma taxa entre U$ 2,00 ou U$ 3,00 por saque no caso do pré-pago, mas é um preço a mais que se paga pela segurança. E claro, falamos em fazer no máximo um saque a cada 10 dias, nada de ficar sacando picotado quantias baixas, sempre os 20% do que pretende gastar.

Eu evito usar os Traveller Checks pois, além do trabalho de precisar ficar contando as folhas, você fica dependente de achar casas de câmbio. E você está de férias, ficar correndo atrás de financias não é o legal.

Como eu disse lá no começo do texto, esse é o básico que você precisa saber para organizar suas moedas. Na web está cheio de experiências e gambiarras (cheguei a encontrar depoimentos de pessoas que “tinham conhecidos” dentro do BB e compraram dólar pelo valor do comercial). Meu conselho para essas histórias é: sempre calcule suas finanças com o valor mais elevado da moeda. Antes sobrar do que faltar dinheiro. E muita gente está saindo do Brasil com o discurso de que "nada aqui presta", então que tal dar o exemplo e não se aproveitar de conhecidos para se dar?

Por último, puxando sardinha para o lado dos cartões pré-pago novamente, tenha sempre um a sua mão. Mesmo que esteja vazio e que não seja sua primeira escolha. Qualquer um pode fazer uma recarga nele, basta deixar o número do cartão com alguém no Brasil. Se a situação apertar e faltar dinheiro, é um meio fácil de conseguir algum trocado.

E se você for muito… pinoiada com segurança…


Aprenda um pouco mais

Comercial, Paralelo, Turismo... Entenda um pouco disso em uma matéria publicada na Folha de São Paulo:

Consumidores que acompanham a cotação do dólar muitas vezes ficam confusos quando veem que, na prática, o preço da moeda americana cobrado em um pacote de viagem ao exterior, por exemplo, não corresponde à taxa vista nos jornais.

Isso acontece porque, no Brasil, a taxa de câmbio é flexível, o que significa que ela é negociada livremente por quem compra e quem vende.

O Banco Central divulga todos os dias uma média das taxas praticadas entre as instituições autorizadas a negociar dólares (bancos, corretoras e agências de turismo), conhecida como Ptax -que serve como referência.

O dólar comercial é usado no comércio exterior, enquanto, para fechar contratos no mercado financeiro, as empresas normalmente levam em conta o dólar à vista.

Já o dólar turismo é aquele usado para emissão de passagens internacionais [nota: a Folha errou nessa afirmação, transporte aéreo, hospedagem, e qualquer compra no cartão de crédito internacional é utilizado o dólar comercial bancário - como dito antes, algo intermediário entre o comercial do pTax e o turismo], pagamento de pacotes de viagens ao exterior e débitos em moeda estrangeira no cartão de crédito. “É o mais alto de todos, cerca de R$ 0,10 a R$ 0,15 acima dos demais”, diz Fernando Bergallo, gerente de câmbio da corretora TOV.

Estamos falando do dólar que não rege só o pagamento de uma viagem, mas também representa dinheiro vivo que o consumidor leva para fora para gastar.
Segundo Bergallo, o que encarece esse tipo de dólar é o custo que as instituições têm para manter as notas físicas, como transporte, custódia e seguro.

Também existe o dólar paralelo, que, como o próprio nome já diz, é o que circula em um meio não oficial, e o dólar a cabo.

Na prática, o dólar comercial é o praticado pelos bancos em transações comerciais. O turismo é o nosso dólar comprado, usado nas viagens. O paralelo é o dólar que circula não oficial, geralmente comercializado em albergues ou fundo de quintal.

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